domingo, 16 de dezembro de 2007

é só não ir, só isso.

Pra quê falar de amores se as flores já se vão? Pra quê querer o céu se o pedaço que você mais quer não pode ser teu? Pra quê olhar para frente se ao lado é mais completo e mais bonito? Pra quê mentir que não se seus olhos perdidos dizem sim? Pra quê correr se você pode flutuar? Ela queria tentar entender todas essas coisas por uma só coisa, ela queria que o tempo não passasse, que a mentira fosse verdade, que o abraço calasse, que a amargura não existisse, que a saudade fosse só alegria, que partir fosse paixão, que amar fosse não sentir medo de perder, que o amor fosse ter para sempre independente de qualquer confusão e desvios. De costas para a rua, de frente para o portão fechado de sua casa, ela lembrou de todos os passos dados nos dias antes daquele minuto, de todos beijos e abraços, de olhos fechados ela sentiu a dor do falar do que não se quer, de olhos abertos ela chorou vendo a verdade do querer, olhando para frente ela não entendeu. Pra quê partir se ainda é verão? Pra quê partir se o que se quer é só amar?

Abriu o portão, pegou o telefone, sentou na cadeira de área e discou... Desistiu e cansada falou para o telefone mudo: ‘ Vem ficar comigo para sempre, pra quê me deixar ir embora se o que eu quero é ficar? Eu te amo tanto, meu bem’


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é só saudade...

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