terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu não quero me acostumar com nada. Não quero acostumar com a voz, não quero acostumar com o jeito, não quero perguntar algo já tendo certeza da resposta e também não quero chegar perto e e já saber como será o beijo. Quero a instigante surpresa.
Não quero uma vida aventureira, nem uma história incrível de comédia romântica com um final impossível, muito menos um amor proibido; só não quero algo fácil e tranquilo sempre, como andar de barco - algo que enjoa.
Eu só quero amor, amar de verdade, pra sempre. Sem os mesmos sorrisos e beijos. Aliás, quero cada beijo como se fosse o primeiro, quero tocar seu corpo como na primeira vez em que ficamos sozinhos, quero rir das histórias antigas como se fosse algo muito distante e incomparável as que ainda virão, quero pensar nas brigas como coisas idiotas em que a gente insiste, quero sentir o friozinho na barriga de sempre pra sempre, quero ter medo de te perder, quero você pra mim e te ter de forma inteira.
Eu quero isso, meu amor, a minha história de amor mais linda.
Eu quero eu e você a vida inteira.
Por que o amor tem que ser leve e às vezes tem que ser difícil e complicado, como uma brisa que está prestas a se tornar um furacão.
eu te amo e te quero pra sempre.
pode ser? :)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O doce veneno do primeiro olhar. É isso o que Isadora sentia.
Volta às aulas, descrição: irritante, sonolento e vergonhoso.
O dia já começara mal, um terrível sol escaldante proporcionando um calor insuportável e aquele céu azul turquesa em um dia que já não era o melhor da vida de ninguém, ou melhor, da sua vida.
Primeira aula, história; ninguém se preocupou em dar atenção ao Sr. Marques, aliás, os dois meses de férias havia rendido muito na sua pequena cidade.
Por que ela era a única que não estava empolgada com tudo isso? As férias foram as mesmas de sempre: saiu algumas noites, beijou dois meninos, assistiu filmes, leu os livros da lista dos mais vendidos e engordou os 5 quilos de sempre.
Qual era o problema dos seus colegas? Ninguém estava cansado de saber a mesma coisa de sempre?
O tédio era latente na sua cabeça e no seu corpo, com certeza os seus olhos haviam se fechado nas duas aulas seguintes e ela havia adormecido, por isso só se lembrava do sino tocando.
Intervalo, graças a Deus. Podia ficar sozinha agora, ela não era popular, foi meio que uma opção. Então, sentou-se no lugar de sempre, um sofa bordô que ficava no corredor da escola, um velho sofá confortável e 'seu'. Era um alívio poder sentar ali e fechar os olhos, e curtir o silêncio, ou seja, não ouvir nenhuma história sobre quem ficou com quem, quem fugiu de casa, quem engravidou, etc.
Cinco minutos.
'Eu não acredito', foi o seu pensamento, quando uma voz - de algum menino - perguntou 'Tem alguém sentado aqui?'. Ela, com a sua mão apalpou o lado esquerdo do sofa e pensou 'maldição', mas educadamente e com os olhos ainda fechados respondeu que não. Ele sentou. Ela respirou, 'hmmm, ele cheira bem' - a primeira coisa estúpida que fez.
A segunda foi abrir os olhos.
'Qual era a chance disso acontecer?', Isadora pensou. Qual a chance dela abrir os olhos e simplesmente encontrar dois olhos lindos e pretos olhando em sua direção, analisando o seu cabelo, sua bochecha - que estava rosada - o seu pescoço... seus olhos? Seus olhos. Foi penetrante, dois segundos de distração e pronto, ela estava perdida. Podeira ficar ali a vida toda olhando para ele que não se cansaria, e isso era um caos.
Ficaram assim, olhando-se durante o resto do tempo.
O sinal tocou, parecia impossível Isadora se levantar, mas isso era rídiculo, ela imaginava, e foi para a sala olhando toda hora para trás para encontrar os mesmos olhos na mesma direção.
Ela não conseguiu parar de pensar nisso o resto do dia, dormiu e sonhou com ele. E quem era ele?
É assim que se apaixona, você abre os olhos e pronto, aconteceu.

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Um dia depois
'Isadora né? Meu nome é Lucas. Eu sei que parece estranho e foi estúpido da minha parte ficar te olhando como se fosse te atacar ou algo assim, mas olha, você quer sair comigo?'

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Sim, é assim que se apaixona.