segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Separar os sentimentos é um pouco sociológico, você se desfaz de si mesmo para compreender o que os outros fizeram a ti. Sentir cada sentimento de forma única e ingênua é complicado; o amor e a amizadade e a saudade e o ódio se misturam de forma tão estranha por ficarem em um lugar só. Sentir é muito mais que prazer, que alma, é se livrar de um emaranhado e sentir com o corpo, em cada parte; é assim que se sente, retirando-se.
Quando comecei a ter tantos sentimentos de uma vez só? Foi só permitir.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pra falar a verdade, a incógnita sobre o que temos, sobre o que podemos ter; a eterna dúvida da distinção entre a palpitação e o desejo, o gosto do beijo, o cheiro do cabelo, qual o sentido do gesto, nada mais importa. É o aqui e o agora, vamos olhar pra cima, para as estrelas? Olhar para nós? Uma deliciosa confusão, um abraço sem sentido, risadas extravagantes de piadas sobre nós mesmos, se é que isso importa. O momento é sempre fantástico, mas só momento.
Afinal, quem somos nós pra falar de amor?

domingo, 13 de dezembro de 2009

De repente tudo parecia misturado, o certo e o errado.
As palavras e os gestos sempre cultivados não faziam qualquer sentido, como
em um simples estalar dos dedos, as coisas mudaram de lugar; como em um piscar de olhos, a razão passou a ser irracional.
De algum jeito, as coisas não eram mais as mesmas; era uma realidade totalmente surreal e, onde estava o ponto final daquilo tudo? Longe demais, como um filme sem sentido. As palavras trocadas e os abraços ganhados se acompanhavam de uma forma tão bagunçada que o seu coração não conseguia distinguir o sentimento do pensamento.
Afinal, desde quando a gente é obrigado a ter certeza de tudo?
A inexatidão do momento começou a ser excitante.
Como num jogo. Como na vida. Como no amor. Como em tudo. Era o clímax.