sexta-feira, 28 de maio de 2010

Feito quem precisa se convercer de tanta coisa. Não é bem assim, agora eu entendo. Fiz uma cara azeda quando você, com toda paciência e indignação do mundo, me dizia 'guria, não é assim que as coisas acontecem'. Eu sei que não, mas é complicado não poder decidir o momento das coisas. Esperar uma revolução no ar, um sininho tocar, borboletas no estomâgo, e coração a mil é muito mais difícil. No 1 + 1 é bem mais fácil, é só encarar os fatos, tudo ali, na palma da mão e cabe a nós decidir. Mas as pessoas, nós, temos a mania de querer transformar tudo em um encanto, num conto, numa história de cinema; e isso me chateia; gosto de ter tudo bem claro, e com corações em cima da minha cebça fica complicado, você sabe.
E não me olha assim, não é querer simplificar nada, é querer tornar mais real, mais racional; o amor não é se perder em frases românticas que exaltam a presença do outro e o 'eu não vivo sem você', isso não faz sentido. Amor é mais, é saber racionalmente que aquela pessoa, de alguma forma, pode te fazer feliz também. Me desculpa se eu forcei alguma coisa, mas não pense, nem de longe, que eu senti palpitações de amorzinho infanto-juvenil, não mesmo. Eu simplesmente gostava de deitar do seu lado e enquanto eu sentia o seu cheiro, eu ouvia sua voz 'você é muito engraçada'.
É, eu sou engraçada então.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um dia desses acabei pensando em você novamente. Menino, você me provoca tanta coisa,e tudo é incerto, só tenho dúvidas. Olhei as mensagem, reli na mente a nossa última conversa, revi os gestos, tudo que fizemos na última vez (não consegui pular a parte da sacanagem, é muita química), mas, é sério, pareceu tudo tão certo, a coisa mais sensata. Necessitamos ficar separados, ficar perto demais nos tira a razão. Foi díficil mesmo decidir com o seu cheiro perto de mim.
Reafirmo "foi a coisa certa a se fazer", e eu me convenço, juro, só que você faz tanta falta, menino. Juro que se eu pudesse eu te beijava agora, a gente se abraçaria loucamente e deixaria rolar. Mas não dá, a gente não pode se perder assim, não pode deixar tudo acontecer, é melhor pra mim, pra você. Mas eu te quero, soa carnal, eu sei, mas você me provoca isso e não é o tempo certo. Mas não some não, fica por perto, te desejo muita coisa boa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tentava amenizar a falta; se sentia frustrada com o momento, e pedia "por favor, Deus, isso não", mas era inevitável, pura realidade; e isso que incomoda, a realidade, a vida e a morte.
Os primeiros dias foram feitos fumaça, e uma fumaça bem escura; comia pouco, dormia quando conseguia e chorava, chorava; "dor mais não existe", pensava inconsolada
Vazio. É assim que se difine? Tudo ficou vazio, e vez em quando se pegava viajando, olhando distânte e lembrando dos lisos cabelos claros, dos lindos olhos verdes e da risada mais pura. Ela era incrível, e deixou um vazio. Então era assim agora? De uma vida cheia de tudo, aliás, de uma vida só fica o vazio? E pra onde foram os abraços? os beijos? os segredos? as noites de conversa? os planos? Pra onde foi tudo isso? Teve a impressão de que tinha tudo sido jogado num fundo e enorme buraco, mas sempre esbarrava com alguma dessas coisas por aí, e lembrava, sonhava e voltava a chorar em tom de desespero. Era a verdade.
O cheiro de quarto de hotel foi sumindo com o tempo, suas coisas foram embora meio que rápido demais assim como ela, "os bons morrem cedo" diria Renato Russo, concordava plenamente, ela morreu cedo e tinha certeza de que era boa. Só restou o vazio, o nó na garganta e o rosto salgado e o mais importante, a lembrança que não morre.
Você faz tanta falta, querida.
Queria te falar uma coisa bem bonita neste momento, uma destas coisas que marcam, você sabe não é? Mas eu só consigo concordar. Fica bem.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Agora vai embora, cansei também. Isso é um jogo? Você conseguiu ganhar a minha apatia. Essa brincadeirinha que você vem fazendo já esgotou toda a minha pasciência, decida-se; por que, a meu ver, você está pior do que uma moça na TPM, não sabe o que quer, ou sabe e finge que não. Pára com essa postura ridícula e olha nos meus olhos, mostra realmente quem é você. Quando eu disse que não gostava de respostas subjetivas, eu não estava mentindo, é sério; essa coisa de momento, de agora sim amanhã só Deus sabe já me irritou o suficiente pra começar a te ignorar.
Não queria que tudo ficasse assim, eu disse desde o começo, mas você insistiu em levar essa história toda adiante; agora eu te pergunto: pra quê, meu bem? Agora, vamos ser sinceros, ambos sabemos que não ia dar certo, eu até comentei isso com você. Mas essa falta de educação agora não, não vou correr atrás de você, se é isso que você está pensando, relaxa, estou em paz. Então, por favor, para de jogar; esse jogo já acabou faz tempo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ontem quando eu olhei nos seus olhos, enquanto a gente se beijava e ria de alguma coisa estúpida que algum de nós tinha falado, eu vi. Eu vi aquilo que eu estava temendo tanto, me previnindo tanto. A doçura, eu diria. Por que pior do que ver o sentimento ali, intacto; é ver o encanto, aquilo que te atrai. Agora temos duas opções. Eu disse "temos"? Talvez isso caiba mais a mim. Só basta escolher, ou manter ou conter. Mas, como eu disse, parece burrice dizer não quando no fundo se prefere um sim. Todos estamos sujetos à catástrofe que é o amor, e não me chame de estúpida; você sabe que isso é verdade; uma calamidade! Então, por favor, não me olha assim, não me abraça assim, não me beija desse jeito, não me puxa pra dentro de você como você vem fazendo nos ultimos dias. Eu confesso que não tem sido só sua culpa sua, eu também te quero mais. E, olha, acabo de receber uma mensagem tua. Não entendo, a gente precisava de espaço pra não se perder tanto assim. Dois completos perdidos. Não sei se seria ignorância não se machucar, ou se seria ignorância não viver pra não se machucar.
Ontem você me disse que eu to te deixando louco. Isso é recíproco, viu