quinta-feira, 29 de julho de 2010

O que eu sinto quando eu estou perto de você é algo incontrolável, você percebeu? Eu nem percebo quando eu perco o controle e estou rindo das piadas que só nós dois achamos graça, e não percebo quando meu olho brilha junto com o seu, muito menos percebo quando já estou abraçada a você; ligação pouco comum a nossa. Você é o romance mais divertido que eu tenho, eu não te perteço, nem você a mim, mas quando estamos juntos é de corpo e alma.
A gente brinca de amor, você é meu melhor amigo e faz parte da família. Um dia a gente vai casar e ter dois filhos, você vai me chamar de 'meu amor' e eu vou te chamar de 'meu bem', a cama vai estar sempre quente e você vai ser meu, só meu.

sábado, 24 de julho de 2010

Você bem sabe que vontade é coisa louca, que entra como um sussuro pelo ouvido da gente, fazendo bater mais forte o coração e saindo no suor das mãos desesperadas. É como um túnel do tempo, você volta a ser criança, a ter sintomas de paixonite aguda, espera ao lado do telefone, sonha, imagina a sensação e masturba o seu cérebro de inúmeras possíbilidades de coisas boas, respira, transpira, suspira.
Tenho te chamado não de meu amor, e sim te necessidade imediata. Como se você fosse o meu plano de consumo a curto prazo, minha água cristalina, meu desejo mais pirado. Sinto-me disposta a cometer insanidades, pegar um avião até Londres, te amar debaixo do cobertor, em cima da cadeira, dentro do elevador. Te chamar de meu por uma noite, te ter na minha mente pro resto da vida. Meu sonho mais maluco.
Dizem que vontade só passa depois que a gente mata. Eu quero uma vontade prolongada, que não acaba. Se voce é meu orgasmo reprimido, quero que sejamos orgasmos múltiplos.

domingo, 18 de julho de 2010

Concluo que o que aconteceu à nossa história foi um caso de força superveniente, assim a gente anula a nossa culpa pelo resultado e fica tudo bem, rompe-se o nexo causal. Foi a posição das estrelas, foi o vento que estava frio demais e congelou nossos corações, foi o adeus forçado, o amigo embreagado, qualquer coisa, menos uma decisão pura e simplesmente nossa. Afinal, quem somos nós pra falar de amor? Dois beijinhos, aperto de mão, lá vamos nós outra vez.

sábado, 17 de julho de 2010

Preserve o essencial, viva só com o que faz bem; o que é descartável não acrescenta, o que traz dor diminui. Escolha um sorriso, um caminho bonito e siga nele até o fim. Faz bem escolher bem.
Mania engraçada essa a de dramatizar, eu ri sozinha aqui por que lembrei do tanto que eu te falava "para de drama, cara", e não é que isso pega? Pegou, peguei. Até aqui tudo foi definitivamente indescritível, não como uma coisa boa que não existe palavra capaz de descrever e sim como um gigante ponto de interrogação, como se minha mente gritasse 'POR FAVOR, ALGUÉM ME EXPLICA O QUE ACONTECEU', desse jeito, eu ri de novo lembrando como você se embananava todo tentando explicar alguma coisa, acho que você é um tremendo de um enrolado, falei.
Pior do que o drama é essa coisa de relacionar tudo a você, que não é nem de longe o ponto de partida que eu quero pra minha vida. Foi legal, interessante, especial posso dizer. Mas tudo é uma questão de escolha, você por ali e eu por aqui; eu sei que na tal na prática vai ser bem complicado, nós praticamente frequentamos os mesmos locais e temos os mesmos amigos babacas. Mas fica combinado? Nada de bagunçar os caminhos novamente, não quero parecer uma atriz de novela mexicana por muito tempo e perto de você isso parece contagioso.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Acordei com aquela sensação estranha de que finalmente as coisas começam a ficar no lugar correto. Sim, isso foi uma sensação estranha; eu estou acostumada com a desordem com que as coisas acontecem, a falta de sentido e o não-nexo, então, agora que tudo começa a ficar certo demais, eu estranho. Não é questão de tudo se encaixar, porque se eu for te falar com a minha sinceridade de sempre, eu preferia o nosso encaixe torto de antes, era mais quentinho. Mas agora as coisas fluem, fluem sem dor, sem pressão, sem a dúvida do que está acontecendo. Como é mesmo que as pessoas dizem? As coisas estão tomando o rumo certo.
Não estou aqui bancando a mulher forte pra você, até porque nunca fui boa em bancar nada; ora, que seja o que for. Mas eu também não posso negar que o final dessa bagunça toda que a gente aprontou tirou um peso enorme, não das minhas costas, mas da minha alma. Sem gritos desesperados, sem cartas de amor, sem músicas pra chorar e sem ressentimentos. Seguir em frente, sem ilusão. Achou engraçado eu usar a mesma palavra que você, não é? Ilusão, foi assim que você definiu o meu sentimento.
Mas, eu tô tranquila, não vê? A gente tem que parar de ver coisas onde não tem, evitar sentimentos mais fortes, sofrimentos maiores, perdas desnecessárias e histórias que ninguém quer ouvir.
Tenho um amigo que vira e mexe me diz "calma, como sempre, eu acho que ainda tem muito o que acontecer!", concordo com ele, mas não quero depositar esse muito que vai acontecer em você, em nós, nisso.